segunda-feira, 6 de abril de 2009

Experiências com inclusão


A cada ano temos desafios e barreiras que precisamos transpor para a eficácia do nosso fazer docente. Desde 2008, estou vivenciando uma situação bastante desafiadora com a minha turma que era 3ª série e este ano com a 4ª série do ensino fundamental de 9 anos, pois a situação é com o mesmo aluno.
Este aluno que freqüenta a nossa escola desde a 1ª série, em cada série que ele passa, o mesmo permanece no mínimo 2 anos em cada uma. O mesmo ainda não teve um diagnóstico concreto do profissional da saúde que o atende, entre psicopedagogos, psicólogos e neurologista. Acredito estar frente a um aluno com necessidades especiais, e tenho a convicção de que não estamos preparados para atender como deveria este tipo de inclusão. Mesmo assim tenho o apoio pedagógico e do Laboratório de Aprendizagem que me assessoram sempre que necessário.
Fica difícil o convívio desta criança com os demais, inclusive na hora do recreio. Apesar do trabalho de orientação educacional e do acompanhamento que ele tem fica difícil a aceitação deste aluno por parte dos colegas e vice-versa, pois o mesmo apresenta desvios de conduta. Percebo que ele procura se aproximar mais dos alunos da área (5ª série ) que ele encontra, mas também não é aceito por eles.
Uma escola inclusiva deve ser o protótipo da escola de qualidade. E, como afirma a educadora Guiomar Nano de Mello, “escola de qualidade é aquela há qual todos entram e todos aprendem”.
Pensando nesta última frase, evidencio que busco incessantemente uma aprendizagem diferenciada para atender as particularidades deste meu aluno. Não posso compará-lo com os demais na evolução da sua aprendizagem e questiono alguns métodos avaliativos ao qual ele foi submetido em outros anos. Posso afirmar que estou aprendendo muito com esta experiência, pois falar em inclusão não é a mesma coisa que vivenciá-la.

“A educação deve ser integradora, integrando os estudantes e os professores numa criação e recriação do conhecimento comumente partilhado. O conhecimento, atualmente, é produzido longe das salas de aula, por pesquisadores, acadêmicos, escritores de livros didáticos e comissões oficiais de currículo, mas não é criado e recriado pelos estudantes e pelos professores nas salas de aula”. ( Freire, 1986, p. 19).


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