segunda-feira, 25 de maio de 2009

Atividade sobre o ensaio de Adorno


Vivemos num mundo contemporâneo, “globalizado”, onde o indivíduo está sujeito ao imediatismo, ao consumismo e ao individualismo. O risco eminente de uma nova Auschwitz nos ameaça. O que nós como educadores estamos semeando para evitar isso? Que valores estes alunos estão recendo em seus lares?
Pergunto-me onde houve a falha para tamanha crueldade, na escola, na família, na sociedade?
Atualmente, estamos vivenciando novos paradigmas educacionais, a escola adotou ao tecnicismo para atender a um sistema de formação para o trabalho e pa5a a preparação para um sistema produtivo carente de mão de obra eficiente. Isso vem se reproduzindo
Tornando as pessoas seres desumanos, repassando isso ao seu semelhante não em forma de agressão física, mas sim, pela indiferença de perceber o outro e a si próprio.
Por isso se torna imprescindível rediscutir a escola, será que o ambiente escolar propicia o despertar da sensibilidade e da criatividade para uma aprendizagem transformadora? Repensar e agir sobre a educação se torna urgente. Adorno nunca foi tão atual. Um exemplo que me marcou quando assisti uma reportagem de alunos em condições subumana tendo aula em contêineres, sem ventilação, iluminação, etc.
Adorno coloca o esporte, jogos lúdicos, sem o propósito competitivo, mas do convívio solidário e de equipe, onde as forças são somadas para o mesmo objetivo. Despertar o aluno para a sensibilidade através da música, pintura, a poesia, o teatro, o artesanato são
formas de manter o emocional elevado. Uma educação que se preze, cria laços que valoriza as diferenças e resgata as identidades perdidas. A escola humanizada é solidária, é espaço de socialização, de convivência harmônica que afaste qualquer hipótese vinculada à desunanização e a crueldade entre os homens.
A leitura que realizei sobre Adorno é um alerta para a sociedade e para os educadores. É preciso refletir sobre o tipo de ser humano que nosso sistema social está gerando e formando.
Já na Antiguidade Clássica, os sábios Sócrates e Platão concordavam que o objetivo máximo da Educação era despertar o corpo e a alma para a beleza, a virtude, o amor, a verdade, o bem....
Auschwitz é aqui... "Se as pessoas não fossem profundamente indiferentes em relação ao que acontece com todas as outras, excetuando o punhado com que mantêm vínculos estreitos e possivelmente por intermédio de alguns interesses concretos, então Auschwitz não teria sido possível, as pessoas não o teriam aceito." (Theodor Adorno)
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.” Nelson Mandela

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Método Clínico

Aplicamos a prova do método clínico com um aluno do 1º ano do Ensino Fundamental de 9 anos. Foi de grande valia porque não tinha o conhecimento de tal prova e da eficácia da mesma. Ficou visível que a prova diagnostica o estágio em que a criança se encontra. Fiquei empolgada com a prova e predendo realizá-la com o aluno que estou fazendo o estudo de caso.

2- Dados de Identificação:
Nome: L. G. S
Idade da criança: 7 anos
Série: 1ª série
Data da prova: 11/05/09
Duração: 25 minutos
Observadoras: Fárida Dias da Silva e Sandra Aparecida da Silveira Costa
Prova: A conversação da massa (quantidades contínuas)

2. Descrição do contexto da aplicação da prova (onde foi realizada a aplicação, condições do local, etc).
A prova realizou-se numa sala de aula da escola E.M.E. F Antonio Ramos da Rocha, foi utilizado um ambiente tranqüilo, onde o aluno ficou à vontade sentando-se num tapete no centro na sala, juntamente com ele ficaram apenas as duas professoras observadoras.



3. Relato da aplicação da prova (dialogado):
Antes da prova criamos um ambiente descontraído, fazendo com que o mesmo se sentisse acolhido e disposto a realizar a prova.
Iniciamos a prova mostrando-lhe as duas bolinhas de massinha de modelar de cores diferentes e lhe perguntamos:
As duas bolinhas possuem a mesma quantidade?
Ele respondeu:
-Não, porque uma era um pouquinho mais gordinha que a outra.
Tornamos a questioná-lo quanto a quantidade.
Ele pegou as duas massinhas nas mãos e continuou afirmando que não tinha a mesma quantidade.
Após perguntamos ao aluno, se transformarmos uma das bolinhas em uma salsicha, terá mais ou será a mesma quantidade?
Ele respondeu:
-Não.
Transformamos então, uma das bolinhas em uma salsicha, o mesmo observou e nos perguntamos:
Tem a mesma quantidade nas duas?
Ele respondeu:
-Não, e argumentou que era mais magra que a outra.
Novamente perguntamos a ele:
E se transformarmos novamente a salsicha em uma bolinha terá a mesma quantidade que a outra bolinha?
Ele respondeu:
-Não, porque uma é um pouquinho mais gordinho que a outra.
Como o aluno não aceitava que as duas bolinhas tinham a mesma quantidade de massa, precisou espichar as duas bolinhas em formatos de salsicha, sendo que o mesmo colocou uma ao lado da outra e verificou que assim tinham a mesma quantidade.

4. Análise:

4.1 - Quanto às condutas da criança - Impressões sobre as reações da criança frente à situação de prova (reações emocionais, reações de não-importismo, surgimento de crenças desencadeadas, espontâneas etc.)
Desde o inicio da prova o aluno mostrou-se firme em suas conclusões, demonstrando ser um aluno muito observador, pois no mínimo detalhe de uma das bolinhas aparentar um pouquinho mais redonda, foi o suficiente para que o mesmo afirmasse que as duas bolinhas não tinham a mesma quantidade.

- Análise das condutas cognitivas apresentadas pela criança, relacionando-as com a teoria de Piaget, no que diz respeito aos estádios de desenvolvimento.
Acreditamos que essa criança está no estágio de desenvolvimento, pré-operatório, onde possui algumas noções de tamanho. Relaciona formas com quantidades (para ele, a salsicha tinha maior quantidade de massa que a bola).
Observamos que se o objeto não tiver realmente o mesmo formato não consegue a assimilar relacionar a quantidade ao tamanho.

4.2 Quanto às intervenções do experimentador:
- Destacar e analisar as intervenções do experimentador indicando o tipo de intervenção (exploração, justificativa, contra-argumentação etc.) e justificar a sua utilização no contexto da aplicação da prova;
As experimentadoras tiveram que explorar muito o material utilizado para que o mesmo chegasse a conclusão (já no final da prova) que as duas bolinhas tinham a mesma quantidade. Foi preciso ele transformar as duas bolinhas em salsichas colocando uma ao lado da outra e concluir que se tratava da mesma quantidade de massa.





- Destacar as intervenções que possam ter levado a criança à crença sugerida (intervenções que sugerem uma determinada resposta, indução);
A intenverção utilizada para que o aluno se desse conta que se tratava da mesma quantidade de massa entre as duas bolinhas foi transformando as mesmas em forma de salsichas, no qual o aluno colocou-as paralelamente medindo-as minuciosamente para não ficar dúvida para si mesmo.



- Comentar a sua própria atuação (competência na utilização do método clínico) tendo como base a seguinte citação:
“O bom experimentador deve, efetivamente, reunir duas qualidades aparentemente incompatíveis: saber observar, deixar a criança falar, não desviar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria verdadeira ou falsa para controlar”. (PIAGET, J. A Representação do Mundo na Criança. Rio de Janeiro: Distribuidora Record, [s.d.].p. 11)
Para que a observação seja fiel ao desempenho do aluno, o mesmo precisa estar confiante e seguro nas suas conclusões, para que suas respostas possam demonstrar o real estágio em que o educando se encontra.
O observador por sua vez tem a função de ir orientando o aluno para que o mesmo consiga chegar as suas próprias conclusões informando maior número de dados para que o observador possa analisar o maior numero de dados, tornando assim a prova fiel.

domingo, 10 de maio de 2009

Estudo de Caso

Através do estudo de caso, pude perceber o quanto muito vezes não conhecemos os nossos alunos. Realizando a pesquisa da aluna F.C. R, idade: 14 anos, local de nascimento: Sapucaia do Sul da 4ª série, tive um maior contato com a família e descobri coisas que me auxiliarão para atendê-la de forma mais adequada ao seu tipo de necessidade. Embora conhecesse as dificuldades dela , posso relatar que esse trabalho me auxíliou a profundar o conhecimento dos comprometimentos que a mesma tem. Acredito que esse trabalho que já é feito pela orientadora, deveria ser partilhado com o professor titular da turma, pois muitas vezes estas informações ficam aquivadas para serem repassadas somente para os atendimentos especializados.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Estágio Operatório Concreto

Com a interdisciplina Através da aula V - Estágios de Desenvolvimento - da interdisciplina DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II - B, e através das minhas postagens no fórum, envidenciei que a fase operacional concentra está ligada a faixa etária de meus alunos. O aluno no estágio operacional concreto, finalmente desenvolveu um sistema completo e muito lógico de pensamento. Lembrando que este sistema ainda permanece ligado à realidade física. Nessa fase observo que meus alunos imaginam diferentes disposições de objetos na sua sala de aula, mesmo antes de agir (realizar as trocas). Nesta fase eles necessitam manipular, observar, comparar, classificar, grupar objetos, usar o pensamento lógico e analítico, por isso não dispenso o material concreto em algumas atividades. Nessa etapa fica bem visível quando proponho para eles atividades que necessitam utilizar o pensamento lógico, como enigmas, adivinhações ou em discussões abertas que estimulam o pensamento. Por isto constato que as fases não estão ligadas a idade cronológicas dos alunos, visto que, tenho alunos de várias faixas etárias em minha sala de aula.