segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Confecção de maquetes



Partindo da visitação da eletrosul, os alunos confeccionaram as maquetes, onde os
mesmos puderam expressar sua aprendizagem realizada durante a saída de estudos. Realizamos
uma exposição desses trabalhos, para as outras séries que ficaram encantados com o
desempenho tanto artístico como as explicações que os mesmos forneciam.


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A política do ensino de surdos

Partindo da leitura do texto, sem dúvida alguma a comunidade surda vem buscando através dos tempos seus direitos como qualquer cidadão, essa luta tem sido lenta e gradual, mas já começa a colher alguns resultados.
A comunicação destas pessoas passou por um longo processo. Atualmente nas escolas regulares o convívio desses portadores de deficiência, dá-se através da língua de sinais “ LIBRAS”, fazendo com que ambos consigam trocar suas experiências e interagindo na aprendizagem.
O texto sobre a política de ensino de surdos, apresentam duas possibilidades para as comunidades surdas, adotar a proposta de reforma dentro de um sistema audista ou lutar contra a sua exclusão, sendo que na primeira opção os surdos seriam considerados como enfermos, carentes de tratamentos. Na segunda opção sua luta é ainda mais intensa,pois precisam buscar na sociedade ouvinte apoio, solidariedade em prol desse novo desafio, buscando uma integração dos mesmos nessa sociedade tão preconceituosa.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Iniciando um PA com os alunos

Na semana que passou, entrei como sempre para dar a minha aula e os alunos estavam empolgados com o que havia acontecido na aula da professora Fárida, descobri que o assunto sobre eletricidade tinha os deixado com muitas curiosidades, conversei com a professora e juntas iniciamos um Plano de Aprendizagem com eles. Primeiramente fizemos o levantamento das dúvidas e das certezas, eis algumas das dúvidas:
1) Como a eletricidade pode se transformar em fogo?
2) Por que existem lâmpadas com luz branca e outras amareladas?
3) Por que quando temos um ferimento na mão levamos choque no registro do chuveiro?
4) Só leva choque quem está descalço?
5) A eletricidade que temos em casa é a mesma do relâmpago em dias de temporal?
6) A eletricidade só e perigosa para as crianças?
7) Por que algumas torneiras de metal dão choques e as de plástico nunca dão?
8) Qual aparelho elétrico consome mais energia?Tem energia elétrica à vontade no País?
9) Existem pessoas que ainda vivem sem ela?

As certezas foram estas:
1) A energia é produzida pela água.
2) É impossível viver sem a energia.
3) Ela queima, dá choque e pode até matar.
4) Crianças sofrem muitos acidentes em tomadas e fios desencapados.
5) Ela é invisível.
6) A madeira e a borracha não deixam a gente levar choque.
7) Só o adulto pode mexer com a eletricidade.
8) A eletricidade é cara.
9) A eletricidade nos trás muito conforto.
10)Ela foi uma grande descoberta.


Forneci várias revistas e livros que falassem a este respeito e eles continuaram a pesquisa em casa.
Conseguimos agendar uma visita de estudos na Eletrosul, onde os alunos assistiram ao vídeo explicativo e também uma palestra voltada para sua faixa etária.
Também viram maquetes de casas com lâmpadas incandescentes e com lâmpadas fluorescentes para eles perceberem a economia que existe entre uma e outra. Eles tiraram muitas dúvidas e foram esclarecidos quanto ao perigo que eletricidade representa, bem como informados de algumas mudanças de hábitos que podem adotar para ajudar a família para economizar na conta de luz.A visita durou a tarde toda e na saída cada aluno recebeu uma mochila e também um cofrinho para que, junto com seus pais guardem o dinheiro que eles provavelmente irão economizar nas próximas contas de luz se adotarem as dicas ali recebidas. Nos próximos dias iremos trabalhar com a conta de energia de cada aluno e em grupo eles irão representar através de maquetes suas aprendizagens.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O menino Victor

Ao assistir o filme “’O Menino Selvagem”, tive a certeza de como sofriam as crianças surdas-mudas, ainda mais esta que foi abandonada e com a tentativa de suicídio. Penso que a atitude dos pais foi de intolerância e falta de aceitação por falta dos mesmos, talvez por um ato de desespero, acharam melhor livrar-se do problema.
Esta criança sobreviveu como um animal selvagem, passando por toda a sorte de provação, sendo um milagre sua sobrevivência dada as circunstâncias.
A sociedade da época era totalmente preconceituosa, pois o menino era tratado dentro da instituição própria para as suas necessidades como um animal, não recebendo qualquer tipo de atenção e tratamento adequado. Fiquei admirada de que naquela instituição voltada para o ensino de surdos não havia nenhum tipo de tratamento clínico e psicopedagógico, onde consideraram esse menino inferior a um animal, “um idiota’. O professor Itard, sensibilizado pelo tratamento e acreditando poder ajudar mais o garoto, conseguiu a guarda do mesmo. Apesar do esforço dele, acredito que o mesmo não tinha o conhecimento adequado para melhor atendê-lo e mesmo do seu jeito foi treinando o menino pelas necessidades físicas que era o seu alimento, pois quando o menino acertava a suas tarefas era recompensado, porém, se ele errava, era castigado.
Acredito que dessa forma ele estava testando seus conhecimentos cognitivos e suas percepções. Num dado momento, embora ele tivesse acertado a tarefa, o professor o castiga tentando identificar a sua sensibilidade, na qual o garoto reagiu, pois entendeu que não era merecedor daquele castigo. Ficando provado que o garoto estava tendo compreensão do que se passava a sua volta.
Mesmo o menino estar se adaptando a viver naquele ambiente, ele teve a necessidade de voltar ao seu habitat onde ficou por algum tempo, até pensei que ele não retornaria mais a “civilização”. Mas pela condição humana dele, penso que o mesmo já refletia sobre a sua existência e para a minha surpresa, retornou a casa daquele que o abrigara, pois acredito que ali ele se sentiu seguro e protegido.
Esta família que Victor encontrou foi de extrema importância para o seu desenvolvimento, pois do jeito deles, sempre tiveram o intuito foi de acertar.
Relacionando a história de Victor com a dos surdos-mudos, observo que realmente durante muitos anos eles foram vistos como anormais e não tinham perspectivas de vida, viviam isolandos da sociedade e sem qualquer direito voltado à educação, quanto muito aprendiam a escrever seu próprio nome.
Atualmente há uma preocupação e uma visão de acessibilidade a essa demanda de alunos, embora as escolas regulares ainda não encontram-se preparadas na parte psicopedagógica como também na estrutura física. O filme nos faz refletir sobre a situação da inclusão nos dias de hoje da necessidade de cada vez mais nos prepararmos para atender de maneira digna este tipo de aluno.